05/02/2014
Apago: ONS reporta desligamento automtico de 12 LTs em 500 kV
IPDO aponta que trs minutos antes da falha, regio Sul registrou novo recorde de carga Jornal da Energia - 05/02/2014 O Informativo Preliminar Dirio da Operao (IPDO) do Operador Nacional do Sistema (ONS) aponta que o apago que atingiu diversos municpios das regies Sudeste, Sul e Centro-Oeste foi ocasionado pelo desligamento automtico de 12 linhas de transmisso em 500 kV, da interligao Norte-Sudeste, provocando sua abertura. O corte de carga total causado pela ocorrncia foi de 6.800 MW, quase a potncia das usinas de Santo Antonio (3.568MW) e Jirau (3.750MW) juntas. A causa da falha no foi apontada no documento. O assunto dever ser discutido pela cpula do ONS em reunio nesta quinta-feira (05/02), s 14h. De acordo com o informativo, a abertura da interligao, s 14h03, provocou o dficit de gerao nas trs regies, provocando a atuao do primeiro estgio do Esquema Regional de Alvio de Carga (ERAC), que interrompeu 5.000MW de carga nos estados de Tocantins, Acre, Rondnia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Distrito Federal, Minas Gerais, Esprito Santo, Rio de Janeiro, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ainda segundo o IPDO, para possibilitar a recuperao da frequncia e a consequente reconexo dos dois sistemas Norte-Nordeste e Sul-Sudeste/Centro Oeste foi necessrio o corte adicional de 1.800MW, visando permitir condies de sincronismo. O processo de restabelecimento foi iniciado s 14h40, com o fechamento do paralelo entre os subsistemas Norte-Nordeste e Sul-Sudeste/Centro Oeste na subestao Gurupi (TO), de Furnas. A operao foi concluda s 15h55. Recorde de demanda O IPDO aponta ainda que trs minutos antes da falha, o subsistema Sul registrou um novo recorde de demanda instantnea, com 17.412MW. A marca anterior havia sido obtida em 29 de janeiro, com 17.357MW.
05/02/2014
Aps apago, Cmara pode ter comisso para discutir crise energtica
Ministro Lobo deve ser convidado para explicar sobre o blecaute, que afetou estados das regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste Por Maria Domingues Em reunio com o presidente da Cmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), lderes do DEM propuseram a criao de uma comisso especial para discutir a crise energtica. A ideia foi apresentada nesta tera-feira (04/02), justamente no dia em que um apago deixou diversos municpios das regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste sem energia, aps curto circuito em linhas de transmisso da Cemig e FIP Brasil. De acordo com informaes do DEM, repassadas por meio de sua assessoria de imprensa, a criao da comisso no precisa ser aprovada em plenrio, basta apenas a anuncia da maioria das bancadas. Por conta do blecaute e do problema dos baixos nveis dos reservatrios hidreltricos, a expectativa que a instaurao do grupo acontea nos prximos dias. A ideia do DEM contar com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobo, no primeiro encontro do grupo, para dar explicaes sobre o apago. A princpio, Lobo dever ser convidado a comparecer reunio junto com outros especialistas do setor eltrico. Se no aceitar o convite, os deputados lanar mo de um requerimento para convoc-lo. De acordo com informaes do DEM, repassadas por meio de sua assessoria de imprensa, a criao da comisso no precisa ser aprovada em plenrio, basta apenas a aprovao da maioria das bancadas. Por conta do blecaute e do problema dos baixos nveis dos reservatrios hidreltricos, a expectativa que a instaurao do grupo acontea nos prximos dias. A ideia do DEM contar com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobo, no prime
07/02/2014
Demanda de energia no RS bate quarto recorde em 2014
Pela quarta vez desde janeiro, a demanda instantnea de energia eltrica no Rio Grande do Sul bateu recorde na tarde da ltima quinta-feira. s 13h52min, a marca alcanou 6.902 MW (megawatts), sob temperatura ambiente de 38,2C. O maior ndice registrado anteriormente foi em 23 de janeiro, quando o sistema alcanou 6.765 MW s 14h32min, com 36,8C. No final de dezembro passado, quando o calor contribuiu para o rompimento de um cabo, deixando meio milho de gachos sem luz, o diretor de Distribuio da CEEE, Guilherme Barbosa, havia informado que companhia tinha capacidade para 6,8 mil MW. O marcador foi atualizado e agora chega a 7,1 mil MW. Caso haja a superao da marca, Barbosa admitiu que podem haver cortes seletivos momentneos para equilibrar o sistema todo. Disse ainda que na hiptese de ocorrer a superao, o sistema nacional, interligado ao gacho, passa a auxiliar no abastecimento do Estado. O presidente do Grupo CEEE, Gerson Carrion, ressaltou, em nota encaminhada imprensa, hoje, que investimentos j realizados e em andamento tm ampliado a confiabilidade e a robustez do sistema eltrico gacho.
18/02/2014
Crise da energia est tirando o horizonte dos empresrios
Com a crise da energia, aumenta a incerteza. Toda semana, na segunda-feira, o Banco Central divulga uma pesquisa que faz com 100 instituies financeiras, bancos e consultorias sobre o que esto prevendo para o ano. Na segunda-feira (17), o dado da previso de crescimento para este ano foi para 1,79%. H uma semana era 1,90%. Duas semanas atrs era 2%. E em junho do ano passado, eles estavam prevendo 3,5%. Olha como caram rapidamente as previses de crescimento. Mas pior do que as previses do mercado financeiro que podem mudar de uma hora para outra, se der um tempo bom o que est acontecendo de mais grave o ndice de confiana dos empresrios. Na segunda, a CNI divulgou que caiu pelo terceiro ms consecutivo o ndice de confiana da indstria. E dentro da indstria, o setor de minerao e o setor automobilstico so os mais pessimistas. O setor automobilstico est abaixo de 50 pontos quando isso acontece significa que o segmento est pensando em recesso.
18/02/2014
Rio Grande do Sul corre risco de ter apago no inverno, admite Agergs
O conselheiro-presidente da Agncia Estadual de Regulao dos Servios Pblicos Delegados do RS (Agergs), Carlos Martins, admitiu que o Rio Grande do Sul corre o risco de sofrer com novo apago caso o inverno deste ano seja muito rigoroso. Em audincia pblica na Comisso de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, na manh desta tera-feira, Martins disse que o Estado no estava preparado para o alto consumo de energia do vero, que bateurecordes de calor e teve mais temporais que o esperado. "No temos falta de energia, mas problemas para distribuir", diz presidente da Agergs Segundo o conselheiro-presidente, at dezembro de 2013 as trs principais concessionrias do Estado (AES Sul, CEEE e RGE) apresentavam ndices satisfatrios na prestao de servios. Esse cenrio mudou em janeiro de 2014, quando as empresas no conseguiram lidar com a sobrecarga do vero. Nmeros informados pelo conselheiro-presidente na audincia apontam aumento de 59% no nmero de reclamaes referentes ao servio de energia no Rio Grande do Sul. De metade de dezembro a metade de fevereiro, foram 16 mil queixas de consumidores. Nos 60 dias anteriores, haviam sido 10 mil. A principal meta, que avalia o tempo que o consumidor fica sem energia, deixou de ser cumprida a partir do primeiro ms do ano. A Agergs avalia que o principal problema da CEEE seriam as perdas no tcnicas ligaes irregulares feitas por no consumidores, os conhecidos "gatos". Para a CEEE, esse nmero representa 30% do consumo, quando o tolerado pela Aneel so 15%. O responsvel pela agnca reguladora diz que isso representa perda de capacidade de investimento. Martins ainda afirmou que a Agergs, responsvel por parte da fiscalizao no Estado, s conseguir manter pleno funcionamento caso aumente seu quadro de funcionrios. Com o tamanho da atual equipe, a agncia afirma que essa responsabilidade dever ser repassada Aneel. A Agergs no tem mais condies de fiscalizar com o quadro que tem afirmou Martins.
17/02/2014
Corte de energia no pas triplica de 2013 para 2014
O nmero de apages no Brasil mais que triplicou neste ano. De 1 de janeiro at ontem foram 17 interrupes no fornecimento de energia eltrica no pas, enquanto em igual perodo de 2013, foram cinco. Os gachos tambm ficaram mais tempo no escuro. Dos blecautes ocorridos neste ano, dois afetaram o Rio Grande do Sul, conforme levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O estudo leva em conta apenas quedas com carga igual ou superior a 100 megawatts (MW), o suficiente para abastecer um bairro de 15 mil habitantes, por exemplo. O CBIE contabiliza, at agora, 185 interrupes nos ltimos quatro anos. A forte onda de calor neste vero apontada como uma das causas de sobrepeso no sistema, mas no a nica. Alm das altas temperaturas registradas neste ano, o Rio Grande do Sul enfrenta as dificuldades de estar localizado na ponta de um sistema que todo integrado. Precisa carregar grandes blocos de energia da Regio Norte, o que acaba deixando as linhas de transmisso sobrecarregadas afirma Adriano Pires, diretor do CBIE. A sugesto do especialista para evitar novos cortes o governo trabalhar em campanhas de conscientizao da populao para diminuir o consumo de energia eltrica, j que no curto prazo no possvel melhorar a qualidade do servio. Investir em energia caro e custa tempo. O governo federal deveria incentivar leiles regionais em vez de centralizar toda operao. Assim, o Rio Grande do Sul poderia trabalhar com fontes que tem em abundncia, como o carvo e a energia elica avalia.
23/04/2014
A Crise Energtica Brasileira
Em outros pases, os investimentos em energia so feitos em diferentes tipos de usinas, justamente para evitar crises quando uma fonte de energia tem problemas de abastecimento.No Brasil, ao contrrio, 91% da eletricidade de origem hidrulica. A falta de investimentos no setor apontada como a principal culpada pela crise atual. Os investimentos, que eram da ordem de US$ 13 bilhes anuais, caram, na dcada de 90, para US$ 7 bilhes. O consumo de energia eltrica aumenta 5% ao ano. A propsito, este foi o argumento central para a privatizao do setor eltrico brasileiro, fato que predominou na agenda do setor nos ltimos anos, desviando a ateno para a defasagem que se acentuava entre a oferta e a demanda de energia no pas.Outro problema a falta de integrao existente entre as usinas. Enquanto as hidreltricas do Sudeste enfrentam os nveis mais baixos de abastecimento desde que foram construdas, sobra gua e energia no Sul e no Norte, onde as usinas esto, em mdia, com altos nveis de abastecimento. A falta de linhas de transmisso de alta capacidade impede a trasmisso de energia entre estas regies.Segundo muitos estudiosos do setor eltrico, houve excessiva demora na implantao de medidas de conteno do consumo de energia, incluindo o prprio racionamento, uma vez que a crise j era anunciada h vrios anos.
23/04/2014
Energia trmica causou reajuste de quase 30%, alega AES Sul
Clientes da AES Sul vo pagar, em mdia, energia 29,5% mais cara a partir de 19 de abril. Na conta a ser paga em maio o impacto ser proporcional aos dias cobrados com o novo ndice. A direo da empresa alega dois motivos principais para um impacto que representa quatro vezes a inflao medida nos ltimos 12 meses. O principal fator que impactou no ndice foi a utilizao de energia trmica, que tem custo de gerao mais caro que o sistema de hidreltricas. A utilizao das usinas termeltricas foi necessria devido a queda no nvel dos reservatrios de gua em funo da falta de chuvas. "Mais de 30% da energia distribuda pela AES SUL tem origem trmica e, por isso, o impacto do reajuste foi to elevado", ponderou o diretor-geral da AES Sul, Antonio Carlos de Oliveira. Ainda de acordo com a AES SUL, quase metade da tarifa paga pelo consumidor representa custo com a produo de energia. O outra metade composta por custos de transmisso, distribuio e impostos. Outro motivo apresentado pela AES SUL o reembolso dos custos com a compra de energia ao longo de 2013 a preos superiores ao fixados pelo governo. A tarifa mdia da AES SUL ser a sexta maior entre as 14 empresas do pas que j tiveram reajustes aprovados pela Agncia Nacional de Energia Eltrica.
Depois de anunciar que o emprstimo de R$ 11,2 bilhes para as distribuidoras seria repassado s contas de luz em 2015 e 2016, a Agncia Nacional
Aneel muda prazo e inclui possibilidade de reajustes extra na tarifa
Para compartilhar esse contedo, por favor utilize o link http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1441853-aneel-muda-prazo-e-inclui-possibilidade-de-reajustes-extra-na-tarifa.shtml ou as ferramentas oferecidas na pgina. Textos, fotos, artes e vdeos da Folha esto protegidos pela legislao brasileira sobre direito autoral. No reproduza o contedo do jornal em qualquer meio de comunicao, eletrnico ou impresso, sem autorizao da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br). As regras tm como objetivo proteger o investimento que a Folha faz na qualidade de seu jornalismo. Se precisa copiar trecho de texto da Folha para uso privado, por favor logue-se como assinante ou cadastrado.